Novos caminhos

Amanhã recomeçarei uma jornada que gosto muito: estudar. Depois de anos nesse ritmo de estudo, percebi o quanto faz falta quando a gente para. Mas, como diz o ditado, “a gente só sente falta quando perde”. E é mais ou menos isso que aconteceu comigo: fiquei pouco mais de um ano parado. Não tenho como negar que foi bom, pois descansei.

Porém, alguma coisa me fazia falta. Sentia-me inútil ao voltar do trabalho e não ter nada o que fazer. Acho que se misturava a isso a saudade da faculdade, uma época boa que deixa marcas em todos.

Aí começou uma pressão pessoal para procurar alguma coisa para fazer, mas o corpo dizia “Não, aqui está bom, vamos ficar mais um tempo assim” (algo como o Anjo e o Diabo rondando os ouvidos). Além dessa pressão, que já não é nada boa, vinha a de casa, especificamente do meu pai, um homem que sempre deu as melhores condições de estudo para minha irmã e eu e pedia que soubéssemos usar. Ele até montou uma pequena “poupança” para ajudar nos custos de uma Pós e outros estudos. E todo o final do mês me dizia: “Mais um mês se passou e nada. O futuro é seu. Já tenho minha vida formada. Precisa correr atrás da sua. Cuidado!”.

Sempre tive isso como verdade, mas não agia. Até que no começo deste ano a ficha caiu. E, finalmente, fui atrás para fazer alguma coisa. Na verdade duas (não tenho a ajuda da “poupança”, mas isso é mais uma lição que tenho que aprender). Uma delas, e que vai começar amanhã, é uma Pós-Graduação. Então, tenho orgulho em dizer a você que já sou um Pós-graduando em “Comunicação: linguagens midiáticas”.

Em 18 meses aprenderei mais sobre os diversos estilos de textos e as mais variadas linguagens. Tenho uma colega de faculdade que já faz. Meu professor de Fotografia da faculdade é um dos professores da Pós. Estou quase me sentindo em casa. Um ponto positivo.

A outra coisa, mas que ainda não se concretizou, é uma reciclagem do inglês (mais um conselho de meu pai, mas nunca coloquei em prática). Estou no processo de escolha do melhor professor e horário. Mas já percebi, em aulas experimentais, que o conhecimento que tenho não sumiu. Com as aulas quero amadurecer a ideia de viajar.

Até chegar a neste momento, muita coisa chata aconteceu. Foi um tempo em que parei muitas vezes para pensar no erro que eu fazia ao não voltar aos estudos, mesmo lendo que quanto mais formação, melhor.

Mas este tempo de tristeza e conflitos já passou, apesar de não ser esquecido (e não pode ser, afinal, faz parte da minha história). Agora tenho que pensar nestes próximos meses, fazer um trabalho digno, encontrar pessoas em que eu possa confiar e achar caminhos que me abram portas.

É isso. Como compartilho com vocês desde 22/05/10 alguns trechos desta torta vida, creio que esta nova fase também deve ser dividida.