22 de agosto de 2011

“Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”

O blog começa a semana reverenciando um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro. Mesmo depois de 30 anos de sua morte a influência dele ainda é forte.

Conhecido por instigar a sociedade, Glauber Rocha foi o responsável por trazer um novo roupante para a maneira de fazer cinema.

Seu principal objetivo era mostrar ao país um cenário escondido. Política, sociedade, cultura: tudo a olho nu, objetivo, sem “papas na língua”.

“Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), “Terra em Transe” (1967) e “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” (1969), cujos trechos estão abaixo, são três filmes paradigmáticos, nos quais uma crítica social feroz se alia a uma forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos.

Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e grandemente influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague (movimento francês da década de 1960 caracterizado pela vontade comum entre seus autores de transgredir as regras normalmente aceitas para o cinema mais comercial).

Mais do que um texto, conhecer Glauber Rocha é observar como ele construiu suas narrativas e abusou dos recursos da imagem e do som para levar ao público um pensamento diferente e instigante sobre aquilo que talvez vemos pelas ruas do Brasil, mas que nem sempre levamos em conta.

O mundo do cinema é fantástico, mas torna-se mais surpreendente à medida que conhecemos os movimentos que se formaram pelo tempo e como cada diretor consegue se comunicar e passar sua mensagem.

- Deus e o Diabo na Terra do Sol (trailer original) - Glauber Rocha, 1964



- Terra em Transe - Glauber Rocha



- O dragão da maldade contra o santo guerreiro

Um comentário:

Jeciane Alves* disse...

Bacana... Gostei de saber !!!