Há uma semana o Brasil está ligado na tragédia mais angustiante que aconteceu no país nos últimos tempos (leia-se: desde que os índios moravam por estas terras). Até o momento, 18/01/11 às 11:35, já são 680 mortes, dezenas de desaparecidos e milhares desabrigados e desalojados.
Quando se vê em todos os tipos de meio de comunicação o estado lastimável e humilhante das pessoas que vivem tanto na Região Serrana do Rio, como em cidades mineiras e até na Grande São Paulo, a impotência não tem como não ser sentida.
Quando se vê em todos os tipos de meio de comunicação o estado lastimável e humilhante das pessoas que vivem tanto na Região Serrana do Rio, como em cidades mineiras e até na Grande São Paulo, a impotência não tem como não ser sentida.
São brasileiros que como eu e você tinham uma vida digna, vivendo suas glórias e derrotas, mas sobrevivendo e crendo sempre na melhora por meio de muita luta. Mas, de repente, por obra da natureza geológica, climática e pelo erro humano, uma enxurrada de lama, árvores e toneladas de pedras soterram os sonhos.
Imagine você o que é ter lutado para conquistar as coisas e, em segundos, ver tudo perdido. Perder mais do que o material: perder o carinho, amor, fidelidade e amizade de pessoas em diversos níveis pessoais. Desde simples conhecidos da rua até grandes amores e filhos.
Não há mais lágrimas ou palavras para descrever tudo aquilo. A vontade que dá é ajudar no que for possível. Dar o suor de cada um para auxiliar irmãos que sofrem, que estão perdidos vivendo um filme de horror que jamais deveria ser filmado.
Claro que precisamos pensar que os erros humanos são inevitáveis explicações: primeiro por parte da cultura brasileira que deslocou os menos favorecidos para os morros em nome da ”civilização” (isso da época da vinda da família real); depois por governos injustos que só pensam (e não muito bem, diga-se de passagem) nas principais ruas e excluem o mar de barracos e vielas que se formam em lugares que somente árvores deveriam existir.
Imagine você o que é ter lutado para conquistar as coisas e, em segundos, ver tudo perdido. Perder mais do que o material: perder o carinho, amor, fidelidade e amizade de pessoas em diversos níveis pessoais. Desde simples conhecidos da rua até grandes amores e filhos.
Não há mais lágrimas ou palavras para descrever tudo aquilo. A vontade que dá é ajudar no que for possível. Dar o suor de cada um para auxiliar irmãos que sofrem, que estão perdidos vivendo um filme de horror que jamais deveria ser filmado.
Claro que precisamos pensar que os erros humanos são inevitáveis explicações: primeiro por parte da cultura brasileira que deslocou os menos favorecidos para os morros em nome da ”civilização” (isso da época da vinda da família real); depois por governos injustos que só pensam (e não muito bem, diga-se de passagem) nas principais ruas e excluem o mar de barracos e vielas que se formam em lugares que somente árvores deveriam existir.
Enfim, são erros atrás de erros que, mesmo assim, não justificam e nem explicam todo o sofrimento. Mas o lado bonito disso é a solidariedade dos brasileiros. Em momentos como este não há classe social, etnia e nem fronteiras geográficas para que este país continental ajude. São milhares de toneladas de doações. Outro tanto de pessoas que ajudam para que um pequeno, mas sincero sorriso, saia do rosto das vítimas. Pessoas que não se conhecem, mas sentem o mesmo prazer e necessidade em ajudar.
Dificuldades existem, mas a esperança é sempre a última que morre. E, neste caso, ela não morrerá. Custará milhões, demorará meses, mas a reconstrução da dignidade se faz em pequenos gestos. É dessa forma, de mãos unidas, que o sonho voltará à mente de todos. Que o prazer de viver renascerá. As marcas são inevitáveis. Ficarão como cicatrizes, mas com a força que o brasileiro naturalmente tem e a fé característica deste povo, a tragédia de hoje se tornará apenas, na história, mais um obstáculo vencido com muita luta e união.
Não podemos mais esperar, de braços cruzados, por mudanças. Devemos cuidar primeiro do urgente. Mas depois precisamos ficar de olhos no poder: exigir resolução de problemas e não deixar que o assunto “esfrie” e fique esquecido. Devemos cobrar, ainda mais agora que um novo governo se inicia. Um governo que, em toda a campanha, utilizou da imagem de mãe para eleger a primeira presidente do país.
Um comentário:
É realmente uma realidade muito triste. Como definir o final deste filme? Temos que ser solidarios com essa e outras situaçoes que vivemos no nosso pais.
(gostei muito do texto, parabéns)
Abraços Je*
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