O Brasil está de luto. Eram 08:30 quando uma tragédia, resultado de vandalismo e idiotice, instaurou-se no bairro do Realengo, Rio de Janeiro: o massacre de 11 crianças, entre nove e 14 anos sendo 10 meninas e um menino, na Escola Municipal Tasso da Silveira (nesta unidade são atendidos 999 estudantes do Ensino Fundamental 2, que vai do 4º ao 9º anos).
O atirador |
O culpado é o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, 24, que cometeu suicídio no caminho para o terceiro andar da escola. Graças ao policial Márcio Alexandre Alves, 38, que dava apoio a uma fiscalização do Departamento de Transportes Rodoviários, nada de mais grave aconteceu. Ele chegou pouco tempo depois do início do massacre, quando foi interceptado por um aluno ensanguentado que conseguiu sair da escola em busca de ajuda.
Com roupas escuras e colete à prova de balas, o assassino usou duas armas calibre 38 e mais de 50 balas. Segundo médicos que atenderam os casos, o atirador mirou diretamente na cabeça das vítimas.
Os motivos, torpes e insanos, estão descrito em uma carta. Nela, Oliveira confessa ser portador de HIV (convenhamos que não seja um motivo). De acordo com os policias um alto teor religioso (islamismo e a práticas terroristas. De acordo com relatos de amigos e conhecidos, ele se converteu à religião após a morte da mãe) permeou o texto.
Repercussão
Em todo o mundo, agências de notícias, jornais e emissoras de televisão destacaram a tragédia. A comparação com o caso ocorrido em 1999 nos Estados Unidos, conhecido como Massacre de Columbine, foi eminente.
No Brasil, as redes sociais foram o principal meio de informação. Em poucos minutos o assunto já acenava como um dos assuntos mais comentados (até o momento já foram produzidos 160 mil tweets. Sete dos 10 Trending Topis do Brasil são sobre a tragédia). Uma corrente de oração foi formada. Anônimos, artistas e a imprensa mostraram a revolta.
Ainda nas redes sociais, o pedido de doação de sangue ao Hospital Estadual Albert Schweitzer, onde os sobreviventes feridos (cerca de 18) foram levados inicialmente, foi disseminado.
Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff interrompeu um evento no Palácio do Planalto (sobre a marca de um milhão de autônomos formais no país) para falar da tragédia: “Não vou fazer um discurso porque hoje nós também temos que lamentar o que aconteceu em Realengo com crianças indefesas. Não era característica do país ocorrer esse tipo de crime. Por isso, eu considero que todos aqui estamos unidos no repúdio a esse ato de violência. Vamos fazer um minuto de homenagem a esses brasileirinhos”. Ela decretou luto oficial de três dias.
O Bispo do Rio de Janeiro Dom Orani João Tempesta anunciou uma missa na escola na próxima quarta-feira.
O presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil, Jamel El Bacha, disse que o atirador não tem nada a ver com a religião e chamou o ato de "insano e inexplicável".
E agora?
Sobra a dor. O sofrimento. Vidas que ainda estavam nascendo foram ceifadas. O sorriso, alegria, energia e a vontade de viver perderam-se no meio das balas. Chorar é preciso. Manifestar é dever.
Mas também devemos cobrar. Acredito que esta situação é resultado da falta de quatro elementos básicos: educação, cultura, religião e família. Sem eles, nenhum ser humano consegue se estruturar.
Um comentário:
Aonda está a Paz que eu preciso?
"Que nós precisamos", o que vai acontecer? como será nossas vidas depois desse fato terrível? É a Fé que está pouca, onde esta o respeito, o amor ao proximo. Ta na hora de cada um fazer sua parte, ou ficar de braços cruzados,sera a melhor soluçao. será esse o fim dos tempos? Estou muito triste...
Vou fazer minhas oraçoes e pedir pra Deus um pouco de conforto para todas aquelas familia.
Abraços ..Je*
Postar um comentário