O blog começa a semana reverenciando um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro. Mesmo depois de 30 anos de sua morte a influência dele ainda é forte.
Conhecido por instigar a sociedade, Glauber Rocha foi o responsável por trazer um novo roupante para a maneira de fazer cinema.
Seu principal objetivo era mostrar ao país um cenário escondido. Política, sociedade, cultura: tudo a olho nu, objetivo, sem “papas na língua”.
“Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), “Terra em Transe” (1967) e “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” (1969), cujos trechos estão abaixo, são três filmes paradigmáticos, nos quais uma crítica social feroz se alia a uma forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos.
Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e grandemente influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague (movimento francês da década de 1960 caracterizado pela vontade comum entre seus autores de transgredir as regras normalmente aceitas para o cinema mais comercial).
Mais do que um texto, conhecer Glauber Rocha é observar como ele construiu suas narrativas e abusou dos recursos da imagem e do som para levar ao público um pensamento diferente e instigante sobre aquilo que talvez vemos pelas ruas do Brasil, mas que nem sempre levamos em conta.
O mundo do cinema é fantástico, mas torna-se mais surpreendente à medida que conhecemos os movimentos que se formaram pelo tempo e como cada diretor consegue se comunicar e passar sua mensagem.
- Deus e o Diabo na Terra do Sol (trailer original) - Glauber Rocha, 1964
- Terra em Transe - Glauber Rocha
- O dragão da maldade contra o santo guerreiro
Um comentário:
Bacana... Gostei de saber !!!
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