1 de novembro de 2010

Brasil escolhe a continuação. E a "menina dos olhos" de Lula

Eram 20:14 de ontem, 31.10.10, quando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, anunciou que o Brasil escolhera a gaúcha Dilma Roussef , 62, para a Presidência da República.

São três passos importantes por trás desta vitória de 56,05% contra 43,95% de José Serra:
1º) O poder do presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, tanto na frente como por detrás dos bastidores;
2º) A vitória da primeira mulher a ocupar o cargo mais alto do país;
3º) A escolha pela continuação de um plano político e seu partido, o PT (não importando, aqui, se esta continuação é boa ou não). 

Temos que pensar que, se antes Getúlio Vargas se decretou pai dos pobres, o Lula transformou-se em exemplo para a classe mais baixa do país e construíu, desde o início de seu segundo mandato, a "Mãe dos Pobres e do PAC", ou da nova classe média brasileira. Com a vitória de Dilma, Lula sai mais fortalecido: mais do que uma eleição, os votos deram uma grande salva de palmas positivas ao "lulismo" contra Fernando Henrique Cardoso. Em meio a tantos "bafos" durante a campanha eleitoral (que, sinceramente, fizeram perder a paciência), fica a questão: Ela será uma mariotene de Lula? 
Para a oposição, fica a lição de que é necessário pensar em mudanças internas nos partidos. O PT conseguiu o que o PSDB não fez: seguir por 12 anos consecutivos no Palácio do Planalto. Há necessidade de pensar, desde já, em um nome que seja mais forte do que Serra ou Alckmin.
Não estou aqui defendendo nenhum dos dois pontos de vista, porque penso eu que nos últimos 16 anos (oito de FHC e oito de Lula), o que aconteceu foi a continuidade: FHC criou alguns planos (que não conseguiu executar, mas deixou tudo meio encaminhado para o governo seguinte), Lula os colocou em prática melhorando-os e inserindo neles sua imagem carismática e popular. Agora, Dilma vai fazer o quê? Continuar! E se Serra ganhasse? Ele também continuaria, mas como oposição que é, trocaria algumas coisas.
Creio que a imagem de uma mulher no alto escalão do Brasil pode ser uma experiência interessante. Desafios maiores aparecerão. Um país machista vai ter que ser enfrentado. Mas a partir desta vitória, desejo que as mulheres sejam mais respeitadas, que o social tenha mais fôlego; que a saúde seja integral e que a educação, o primordial. Com esses pilares bem dirigidos, qualquer nação vai longe.
Resta-nos parabenizar a campanha de Dilma. Parabenizar todos os demais candidatos e torcer para que a união pelo bem comum possa acontecer. E como dizia a principal trilha da campanha petista: "Agora é Dilma, é a vez da mulher!".

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