17 de maio de 2011

Aqui também tem!

Antes de mais nada, o aniversário do blog está chegando e as novidades que eu havia prometido já estão acontecendo. Como você pode reparar, o nosso espaço está bem diferente: novo fundo, novas cores, nova letra. Em breve você terá a oportunidade de dizer o que achou das novidades.

A sétima arte é a que mais nos aproxima da realidade. Por isso este post tratar exatamente de um filme, que você pode ter acesso por meio do link que se está no final do texto (e é fácil: o link te levará a uma página de download em que eu coloquei o arquivo do filme: pode ir com fé, é seguro!. O processo é simples: basta esperar os segundos que são contados acabarem. Terminados, clicar em “Download Comum” e salvar).

 O “Wag the Dog” (Mera Coincidência) foi objeto do meu primeiro trabalho na Pós, e tenho certeza que você vai gostar. O filme, de 1997, retrata o poder de manipulação existente em todos os níveis da sociedade. Também mostra como nem sempre um fato tem apenas duas versões.

A história do filme é simples: faltando poucos dias para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, o candidato a reeleição é acusado de abuso sexual. Para desviar a atenção do eleitorado e da oposição, que tinha em mãos farto material, a Assessoria da Casa Branca contrata um experiente marqueteiro (interpretado por Robert de Niro).

Logo na primeira reunião, a solução é encontrada: construir uma guerra na Albânia (país sem muita importância para os Estados Unidos) por liberdade. Para dar mais realidade, de Niro contrata um produtor de Hollywood (estralado por Dustin Roffman).



O que se vê a partir daí é a construção de uma mentira tão bem contada que engana toda a nação e a Agência de Inteligência do país (CIA). O espectador é inserido em um mundo de simbologia, representado por músicas, imagens, discursos e ações que, aos poucos, foram chamando a atenção da opinião pública.

Toda guerra que se preza precisa de um herói. Para isso, a equipe se desloca até uma prisão de segurança máxima e retiram de lá um perigoso prisioneiro que vive sob efeito de medicamentos e é morto no caminho por uma tentativa de estupro. A volta do herói morto gera mais comoção. Evidente que a identidade real do “herói” não é revelada, nem mesmo sua personalidade que se mostrou oposta às necessidades do momento. Mas morto não representa perigo.

No final, o produtor vivido por Hoffman exige melhor recompensa do que simplesmente a embaixada em algum país e ameaça contar a verdade. Porém, as últimas cenas mostram que não foi bem assim: de acordo com o filme, o produtor morre “de um ataque fulminante do coração”.


Apesar de o filme estar em fase adiantada de produção, a comparação com a realidade foi consequência. Para refrescar a memória, na mesma época do filme explodia o Caso Mônica Lewinsky (aquela estagiária da Casa Branca que acusou o então presidente Bill Clinton de manter relação com ela).

Duas conclusões principais podem ser retiradas do filme:

1) A facilidade com que informações são plantadas nos meios de comunicação e como isso pode transformar a realidade. Existem até artigos científicos que estudam situações como esta e que comprova, cada vez mais, como a linguagem (não só a verbal) é importante para a comunicação. Saber trabalhar com todas é ter o poder de construir ou destruir imagens passando por cima de tudo e de todos.

2) A necessidade dos Estados Unidos por estarem em alerta contra possíveis “inimigos do Estado”. É a Cultura do Medo, um sinal sempre ativo. Mas aí a gente precisa parar e pensar: será que todos os “inimigos” são realmente tudo o que é dito para a população daquele país e para o planeta? E mais: até onde os heróis conhecidos são mesmo tudo aquilo? Eles realmente existiram?

Faça o download do filme clicando abaixo:
http://www.megaupload.com/?d=R8QPY17H

Um comentário:

Jeciane Alves* disse...

Ual...Quem está no poder sempre se sai bem. Ou mentiras são mais faceis de explicar? Sem muitos comentários...rs