16 de março de 2012

Um encontro para limpar o coração

Hoje vim até aqui tirar as teias de aranha do blog e notei que elas estavam tomando conta de tudo! Também pudera: se eu não estivesse por aqui hoje, o blog faria aniversário de um mês sem nada de novo. Pois bem: vamos à faxina...



O que você vai ler agora é um testemunho. Um momento de minha vida que faço questão de dividir, porque mostra como Deus está presente em nossa vida e o quanto nós precisamos retribuir com gestos concretos.

Muitas vezes temos Deus como uma mercadoria que buscamos apenas nos momentos difíceis da vida sem perceber, por exemplo, que o simples ato de respirar tem as mãos do Pai. Ele nos coloca em muitas situações nas quais os sinais Dele estão presentes para que possamos encontrá-Lo. Mas nem sempre entendemos.

Já faz alguns meses, por causa de situações corriqueiras e caseiras, que tenho tido uma posição bem firme na guerra por meio da oração para destruir obstáculos que aparecem por aí. Neste tempo, tive muitos sinais de que Deus está presente mesmo que eu e todos aqueles envolvidos sejamos pecadores demais e talvez não merecedores desse amor.

No começo do ano, envolto nesta situação, pensei em quatro coisas principais para fazer este ano: terminar a Pós com um bom trabalho, doar sangue, participar mais das coisas da Igreja (principalmente na Páscoa) e confessar.



Este último objetivo, confesso, é o que me deu mais medo. Mas chega um momento na vida que a necessidade de conversar com um padre e saber que não será criticado, mas sim, receberá conselhos e será absolvido dos pecados bate forte.

E esse dia foi ontem. Pensei nele o dia inteiro. Desde minha Crisma não confesso. Além deste pecado, todos nós humanos temos muitos outros. Mas este é o que me fez pensar sobre o assunto. Cheguei em casa no final do dia, o cansaço bateu e fiquei com dúvida se devia ir me confessar ou não (deixar o conforto de casa e a proteção da possível chuva que estava prestes a cair).

Fiquei sem fazer nada durante mais de uma hora. Até que a chuva veio e, com ela, a ligação de minha irmã dizendo que havia chegado à rodoviária, mas esperaria a chuva diminuir para voltar para casa. Foi aí que, com certeza por um impulso de Deus, levantei e fui buscá-la. Na volta, no meio do caminho, a deixei e fui para a Igreja.

Cheguei lá nervoso, como se aquele ambiente fosse completamente novo (e era mesmo!). Fui seguindo o fluxo dos demais. Em pouco tempo, fui o primeiro da fila. Faltava um passo para sentar-me em frente a um padre e dizer tudo aquilo que havia planejado e que, com certeza, estava em minha cabeça desde o começo do ano.



Foi uma experiência maravilhosa! Uma conversa honesta com o padre e com Deus. Tenho certeza que a chuva (que parou minutos antes de eu sair da igreja) e a ligação de minha irmã foram sinais, situações criadas por Deus para que eu tivesse a coragem necessária para me confessar e, dessa forma, participar com mais intensidade da Páscoa. Ano passado participei, mas não confessei, mas foram dias em que meu coração (como ontem) esteve cheio de paz, leve.

Este texto pode parecer meio sem sentido, mas a intensidade da situação foi tamanha que eu precisei dividir com alguém. E não havia melhor lugar, além de minha família, para falar sobre isso.

Um comentário:

Jeciane Alves disse...

Agora eu entendi...
...Explicadíssimo:)