A porta para o mundo

No meu grupo da Pós-Gradução existem vários nichos de profissão. Entre elas destaco as meninas de Letras. A coordenadora da pós é formada em Letras.

Admiro-as, porque a profissão não é nada fácil se você não está em uma escola particular ou prestando consultoria. Todos sabem o quão precárias podem ser as condições de trabalho para quem escolhe educar.

Entre outros pontos, isso é o que se discutiu no dia oito (quinta-feira passada), estabelecido em 1967 pela ONU e Unesco, como o Dia Mundial da Alfabetização. O objetivo é despertar a consciência da comunidade internacional e chegar a um compromisso mundial com relação ao desenvolvimento e à educação.


A educação é o que forma a pessoa. Depois da família, que dá a base moral, a escola torna-se um santuário. Para a Constituição, no artigo 205:  “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 

Todo o desenvolvimento humano depende dos estudos. Segundo o pedagogo Paulo Freire “A alfabetização é mais, muito mais, que ler e escrever. É a habilidade de ler o mundo, é a habilidade de continuar aprendendo e é a chave da porta do conhecimento”.

No Brasil existe uma outra data: 14 de novembro. Ela é comemorada desde 1930, quando o então presidente Getúlio Vargas cria o Ministério da Educação e Saúde Pública. Em 2000, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, realizou o censo sobre educação. A conclusão a que se chegou foi que o índice de analfabetismo no país atinge cerca de 13% da população com mais de dez anos de idade; a população de analfabetos absolutos de nosso país ultrapassa o número de 16 milhões.

Paulo Freire também dá nome a uma metodologia de ensino