29 de dezembro de 2011

De Brodoswki, para a ONU e à Marquês de Sapucaí

Desde janeiro já publiquei 107 textos. Muitos assuntos. Muitas coisas compartilhadas. Mas foco-me naqueles oriundos desde o dia 02 de dezembro, quando o blog passou a oferecer a você um leque de postagens culturais. Assuntos que podemos até conhecer a história, mas que nem sempre lembramos.
 

Passaram por aqui pessoas importantes em diversas esferas e que contribuíram para a construção de nossa sociedade (tanto nacional quanto internacionalmente).

Hoje, quase terminando 2011, dou mais um presente a você que gosta deste assunto: o antepenúltimo dia do ano é comemorado no Brasil o aniversário de um grande pintor que está presente, entre tantos lugares, na sede da ONU (Veja a restauração do quadro "Guerra e Paz"). Sim, você acertou: estou falando dele...

29/12/1903 – 06/02/196
Nascido em uma fazenda de café na cidade de Brodoswki, cerca de 55 Km de Sertãozinho, Cândido Portinari (que completaria 108 anos) desde pequeno era ligado à pintura, tanto é que aos 15 anos resolve ir para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes. A partir de então sua arte começa a nascer.

Seu primeiro prêmio com reconhecimento mundial foi em 1935: a Segunda menção honrosa na exposição internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh, EUA, com uma tela de grandes proporções intitulada “Café”, retratando uma cena de colheita típica de sua região de origem.

1935: tinta a óleo sobre tela de tecido
No final de 1930, consolida-se a projeção de Portinari nos Estados Unidos. Em 1939 executa três grandes painéis para o pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York. Neste mesmo ano, o Museu de Arte Moderna de Nova York adquire sua tela O MORRO.

1933: pintura a óleo/tela
Em 1940, participa de uma mostra de arte latino-americana no Riverside Museum de Nova York e expõe individualmente no Instituto de Artes de Detroit e no Museu de Arte Moderna de Nova York, com grande sucesso de público, de crítica e mesmo de venda.

A partir daí, e não só, Portinari começa a ser intitulado como grande pintor. Além disso, como grande expoente do Muralismo: pintura executada sobre uma parede quer diretamente na sua superfície, como num afresco, quer num painel. Ela difere de todas as outras formas de pintura por estar profundamente vinculada à arquitetura, podendo explorar o caráter plano de uma parede ou criar o efeito de uma nova área de espaço. A técnica de uso mais generalizado é a do afresco, que consiste na aplicação de pigmentos de cores diferentes, diluídos em água, sobre argamassa ainda úmida.

No Carnaval 2012, a Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel levará a arte do pintor para a Sapucaí. Com o enredo “Por Ti, Portinari. Rompendo a tela, a realidade”, o carnavalesco Alexandre Louzada quer mostrar as principais obras do artista, que produziu mais de cinco mil trabalhos (ouça o samba. Clique aqui).

Veja mais:

2 comentários:

Je* disse...

Bacana...
Importantíssimo lembrar de Portinari, deu até saudades dos livros de História.

Maria Lúcia disse...

Fantástico as pinturas de Portinari... Conheço Brodowski e sua obra por lá...É uma honra p/ nosso país ter um pintor deste gabarito...abrs Matheus..